No Brasil, iniciativas em redes não-comerciais começaram a se concretizar em 1988, com a instalação de três conexões dedicadas aos EUA a partir da FAPESP, LNCC e UFRJ. Essas conexões visavam fundamentalmente permitir a comunicação entre educadores e pesquisadores de universidades e centros de pesquisa no Brasil e seus pares no exterior. As principais instituições desse tipo no País rapidamente se ligaram ao LNCC ou à FAPESP, e o embrião de uma rede acadêmica brasileira principiou a tomar forma.
Em meados de 1988, o MCT formou um Grupo de Trabalho com o objetivo de propor soluções urgentes para articular e integrar os esforços em redes acadêmicas no País, que tendiam a seguir em paralelo e independentemente. Por exemplo, na ausência de conexão entre os esforços de São Paulo e Rio de Janeiro, a comunicação entre instituições ligadas à FAPESP e instituições ligadas ao LNCC ou à UFRJ se fazia via Estados Unidos, através da rede americana. O Grupo de Trabalho, incumbido de levar a cabo medidas óbvias e imediatas de integração, teve como missão principal propor um plano de médio/longo prazo em redes acadêmicas para o País, que permitisse vencer o relativo atraso com que o Brasil principiava a se envolver no assunto (graças à FAPESP, LNCC e UFRJ, e não à uma ação deliberada do Governo Federal), em comparação até com outros países da América Latina, como o Chile e a Argentina.
Dada a complexidade da tarefa e de sua dimensão política, o GT foi formalmente vinculado à Chefia do Gabinete do MCT, e a composição do grupo incluiu representantes das seguintes instituições: